terça-feira, 12 de março de 2013

As agruras de Clécio




Ainda na primeira semana do terceiro mês de seu Governo e Clécio já sofre ataques. Cobranças de toda ordem são disparadas da base de quem foi aliado no segundo turno e da oposição declarada.
Imagine um prefeito tendo que assumir a prefeitura de uma cidade-estado, onde moram quase 70% da população do estado sem, no entretanto, possuir recursos proporcionais as demandas que lhes são impostas?
Como se não bastasse ter que iniciar um governo com uma máquina desmantelada e sem dinheiro para arrumá-la, o atual prefeito de Macapá é cobrado por uma falta que não cometeu: a buraqueira das ruas. Se marcarmos no calendário do dia 1 de janeiro para trás, teremos a extensão cronológica do descalabro provocado por administrações deficientes e ineficazes dos últimos 20 anos. Não precisa ser muito inteligente para saber que as ruas esburacadas são o resultado irrefutável de um asfalto de péssima qualidade e mal aplicado, por obra e graça, sem exceção, de quem ocupou a prefeitura nesses anos passados. Portanto, a “pavimentação” das ruas de Macapá não é obra do atual prefeito.
Isso aqui não é a defesa de Clécio, é uma reflexão sobre uma situação que revela toda a impotencia do prefeito, tendo em vista que a prefeitura não possuia , sequer, um balde de asfalto no estoque, muito menos recursos para comprar. 
Asfalto não se compra ali na mercearia da esquina, e para adquiri-lo,  depende da burocracia que anda a passos de tartaruga e de recursos financeiros.
Mas, a cobrança é inexoravel. O povo quer solução, todavia a resposta nem sempre pode ser de bate pronto. Apesar da medida paliativa de tomar asfalto emprestado, o resultado não vem em tempo. Daí, quem anda de carro pelas ruas de Macapá não poupar a pobre mãe do prefeito que nada tem a ver com a história , mas que passa de boca em boca como forma de desabafo.
Essa semana, como que numa ação mais de solidariedade do que de solução dos buracos, o senador Gilvam Borges, montou uma equipe e fez o gesto de tapar alguns deles. Serviu mais para chamar a atenção de quem, na verdade, e por obrigação, tinha o dever de ajudar, no caso, o governo do estado.
Pior do que isso é tentar entender, sem poder compreender, porque o Governo maltrata tanto o munbicipio. Seria picuinha ou politica pequena? 
O Governo tem a obrigação constitucional de repassar uma parte do que se arrecada de IPVA ao municipio. Ao que se sabe, são cerca de R$ 20 milhões que estão presos nos cofres do Governo. Dinheiro que daria, de sobra, para desanuviar o problema.
Mas, aí “cumpanheiro” como diria o Lula, enquanto o governador Camilo não mudar a forma de pensar e agir, na condição de guardião dos recursos publicos, o povo, na ponta do processo é que sofre. E, convenhamos, é cedo demais para querer botar o prefeito na forca, especialmente quando se sabe que ele não faz milgare. Pronto. Falei.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitário

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