segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A vocação do porto

Olimpio Guarany


É inquestionável que o Brasil desponta, no século 21, com a força de uma economia emergente. Mas para se destacar no mercado global é indispensável que haja um planejamento, de curto e longo prazos; com investimentos na instalação de um sistema logistico capaz de atender a demanda, tanto da produção que entra quanto da que sai do país.
É dentro dessa análise que eu incluo o Amapá como importante alternativa para a conexão entre os mercados do Brasil e do Exterior.

Devido a sua localização estratégica, o Amapá é uma das principais opções para as rotas de navegação internacional para estabelecer ligações com os mercados do Caribe, América do Norte, União Européia e Asia.

Até a década de 80, o Amapá era um estado praticamente sem perspectivas. Nosso porto que, aliás, era controlado e administrado pelo governo do Pará, atendia inicialmente a empresa Amcel que exportava o cavaco. Atualmente, além do cavaco, pasta de celulose e outros produtos derivados de madeira, o porto é utilizado predominantemente para transporte de cromita, manganês, biomassa e minério de ferro.
Num futuro breve, o porto de Santana se tornará um importante polo para escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste brasileiro.
Para tanto empresas vindas de lá já iniciaram a construção de suas instalações visando armazenar e depois exportar as commodities agricolas, especialmente do norte do Mato Grosso.

Mais do que servir de entreposto, a área do porto e da ilha de Santana possui áreas destinadas às instalações de industrias de transformação que produzirão adubo, ração e produtos derivados da soja para atender o mercado interno amapaense.
Algumas vantagens competitivas devem ser levadas em conta na hora de avaliar o porto de Santana como instrumento de desenvolvimento econômico do Amapá. É de fácil acesso;  possui um terminal de conteiners com capacidade para armazenar cerca de 1.000 unidades; possui um cais com duzentos metros de extensão,
profundidade de doze metros e um berço próprio para navios tipo Panamax para cerca de 60 mil toneladas. Um segundo cais, com 150 metros de extensão e onze metros de profundidade, tem um berço que atende às navegações de longo curso e de cabotagem.

Atualmente o porto de Santana está conectado às rotas internacionais. Isso facilitou, em muito, a vida, especialmente dos nossos comerciantes da Área de Livre Comércio. Antes, as mercadoria importadas entravam pela foz do Amazonas, seguiam até Belém onde era feito o transbordo para as balsas e só depois retornavam pra cá. Além de diminuir o tempo do transporte, os custos foram reduzidos significativamente, algo em torno de 50% do valor que se pagava antes.

Considerando toda a estrutura existente e o planejamento para sua ampliação, já contemplado no PAC do governo federal, o porto de Santana poderá se transformar numa das maiores ferramentas para alavancar o nosso desenvolvimento. Se essa vocação for bem explorada, podemos nos  transformar num importante elo na rede logistica do comércio internacional, e atender, a baixo custo, as necessidades de escoamento de produtos pela calha do rio Amazonas.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitário.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Soja no Amapá, conflito à vista


Olimpio Guarany

Considerada por alguns como uma “praga” para a Amazônia, não será por falta de apoio da Embrapa que a soja vai deixar de entrar no Amapá. Na semana passada a instituição trouxe o “melhorista” e pesquisador Sebastião Pedro da Silva Neto, coordenador do programa de melhoramento de soja da Embrapa Cerrados, de Planaltina-DF, uma das referências em melhoramento genético de soja no Brasil para dar, digamos, uma aula aos pioneiros da cultura da soja no Amapá. Outro especialista em transferência de tecnologia, Gustavo Castro, destacou o entusiasmo de alguns produtores que para cá vieram trazendo a experiência de terem explorado o Centro-Oeste brasileiro ressaltando a extrema capacidade de produtividade de nossas terras. Com tanto entusiasmo, nas primeiras experiências em uma área de 10 mil hectares, chegou-se a dizer que em áreas já estabilizadas a produtividade  ultrapassa as 60 sacas, em média, com picos de até 75 sacas de soja por hectare, ou 4.500 kg/ha, muito superior a média nacional. 
Confesso que fiquei assustado com essas informações. Minha preocupação é de que isso se propague Brasil a dentro e comece a atrair sojeiros inescrupulosos apenas interessados nos lucros, e nem ai para os impactos que podem causar.
O perigo é que a “propaganda” pode atrair os capitalistas do setor que, movidos pela ganância, passem a comprar as terras, a baixo custo, ainda disponiveis por aqui, desalojando nosso caboclo que, fatalmente, será “mandado” para as cidades, fadado a sofrer na marginalidade por falta de qualificação; sem perspectivas de ascensão social.
Antes de propagar a idéia de que as terras do Amapá são férteis, com grande capacidade de produtividade, seria importante mostrar que mais de 52% do nosso território são áreas protegidas; uma boa parte está nas mãos de empresários que exploram atividades diversas e outra sob dominio do Estado.
O poder público e a sociedade devem ficar atentos para que os “sojeiros” não desembarquem por aqui com seus caminhões, tratores, silos, máquinas e dinheiro em caixa para explorar uma atividade que não gera emprego em massa e causa grandes impactos sociais e ambientais inimagináveis.
Seria bom que eles se informassem de que aqui não há grandes extensões de terras, o suficiente para a exploração da agricultura de exportação, caracteristica principal da soja, sobe pena de, com o peso do dinheiro, eles entrarem em áreas protegidas, florestas ou  indigenas, para criarem um problema que não temos hoje por aqui: o conflito agrário, mais comumente chamado de guerra do campo.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitário

NOTAS DA COLUNA "OLIMPIO GUARANY ESCREVE", EM A GAZETA, HOJE.


Independência
Em reunião da Diretoria Executiva, na última quarta feira, o PTB/AP decidiu que é um partido independente,  que não tem acordo, nem fechou compromisso com qualquer outra agremiação ou candidato para formar coligação para as próximas eleições.

Independência II
Na hora de decidir com quem coligar, o PTB/AP vai avaliar a melhor forma de garantir os mandatos dos atuais deputados estaduais; viabilizar uma chapa para aumentar a bancada na Assembléia Legislativa e eleger, ao menos, um deputado federal bem como garantir vaga na chapa majoritária.

Livre
O presidente do PTB, ex-deputado Eduardo Seabra disse que o partido não está a reboque de ninguém. O secretário geral, Pedro Braga enfatizou que a decisão sobre que rumos o partido tomará em 2014 será colegiada, ou seja, será tomada pelos membros da Executiva estadual.

Sucessão estadual

Se o PPS nacional decidir por apoiar a candidatura de Eduardo Campos (PSB) a presidência da República, no Amapá o partido corre o risco de ter que se aliar ao PSB e apoiar a candidatura de Camilo Capiberiba à reeleição.  A pergunta é: Como ficaria Jorge Amanajás, principal nome do PPS e pré-candidato ao Governo do Estado?

Ficha limpa

Essa semana, em papo no  balcão no Norte das Aguas, um médico, pretenso candidato nas eleições de 2014 queria saber se a condenação pelo CRM - Conselho Regional de Medicina seria considerada decisão colegiada, resultando em inelegibilidade. Para alivio do médico condenado, o colunista apurou junto a um advogado especialista em direito eleitoral que ele seria ficha suja se tivesse sido impedido de exercer a profissão. Entendeu?

Na midia 

Festa na comunicação, nesse final de semana. Oficialmente inauguradas, a rádio Universitária que vinha operando em caráter experimental tendo Fernando Canto como diretor; e a nova estrutura da TV Equinócio (Record), canal 10 que já está operando com sistema xdcam, em HDTV. A emissora dá um salto em organização, instalações e recursos técnicos. O grupo que controla a TV Equinócio tem o privilégio de contar com a cabeça pensante e a expertise do empresário de maior sucesso no Amapá, Jaime Nunes.

Repercussão

A discussão sobre o futuro do hospital Metropolitano ainda rende nas rodas politicas, nas redes sociais e na imprensa em geral. O tema é palpitante, graças aos problemas pelos quais passa a saúde pública no Amapá. O médico e deputado Antonio Furlan (PTB) propôs na audiência pública da semana passada, além da retomada das obras, a instalação de um pronto socorro trauma-ortopédico, aproveitando a larga estrutura fisica do hospital.

Justificativa 

A preocupação do deputado Furlan se justifica pelas centenas de pacientes de trauma-ortopedia que a cada dia aumentam uma lista, sem que recebam o devido atendimento. Um dado assustador revela que a maioria desses pacientes que seriam atendidos no pronto socorro de trauma-ortopedia são consequência de acidentes de trânsito.

Alternativa
No contra ponto do que disse o prefeito Clécio Luis de que a prefeitura não teria como manter um pronto socorro, o deputado Furlan e o senador Randolfe Rodrigues convergem para um a idéia de uma administração compartilhada prefeitura-governo do estado.

Exemplo de gestão
Essa semana o Sebrae inaugurou o salão multi-uso. Um espaço com capacidade para cerca de 600 pessoas. Quando João Carlos Alvarenga, atual superintende, assumiu pela primeira vez um cargo de direção, em 1998, o Sebrae tinha um patrimônio de R$ 100 mil. Ao encerrar seu atual mandato, Alvarenga vai entrar a instituição com patrimônio de R$ 25 milhões. 

FRASE DA SEMANA:  

Nos não temos problema de garimpo ilegal. Quem tem problema são os franceses”, Desembargador Gilberto Pinheiro ao comentar o acordo Brasil-França sobre a fronteira. 

A visão do Estadista


Olimpio Guarany

Quando o senador José Sarney (PMDB-AP) despendeu esforços, desenvolveu ações e conseguiu tirar do controle do governo do Pará, o porto de Santana, ele já tinha em mente que com a estruturação da Área de Livre Comércio; a Zona de Processamento de Exportação e a Zona Franca Verde, projetos concebidos e viabilizados por ele, o porto seria um importante instrumento para auxiliar esses mecanismos, indispensáveis para o desenvolvimento do estado do Amapá. Para que isso se transformasse em realidade era preciso mais do que estruturar o porto, era indispensável criar uma matriz energética capaz de fornecer o principal insumo básico para viabilização de outra matriz, a econômica. A partir daí, Sarney teve que, novamente, usar de sua força e de seu prestigio para convencer o Governo Federal a trazer de Tucurui , o linhão que fornecer a energia de que precisamos e com ela, a banda larga. Agora que o linhão chegou, trazendo a realidade que parecia distante, vemos que novos horizontes se abrem para um estado, criado há 25 anos, e que ainda vive de uma única fonte de renda, do setor terciário formado pelo comércio, ancorado na Área de Livre Comércio e serviços, no setor governamental.
Enquanto o linhão de Tucurui passava acima da copa das árvores da imensidão da floresta amazônica; traspassava igarapés, rios e lagos da maior bacia hidrográfica do mundo, e lançava seus cabos sobre o portentoso rio Amazonas, tendo que se utilizar de torres gigantescas, algumas chegando a 290 metros de altura; Sarney trabalhava na ampliação da matriz elétrica, desta feita em busca de instalar centrais hidrelétricas, aproveitando o grande potencial hídrico amapaense. 
Sem precisar relacionar outros empreendimentos de porte que andaram graças as ações de Sarney, não dá para negar que o futuro, os novos tempos e a expectativa de melhoria de vida do povo amapaense não seria possivel sem todo esse esforço.
Quem conhece a história recente do Amapá, com tanta dificuldade que já passamos, do racionamento de energia do inicio dos anos 1990 aos apagões de 2013; da carestia dos produtos de primeira necessidade à falta de opção de compras, de antes da ALCMS,  sabe que precisamos contar, ainda que por alguns anos mais, com o inquestionável prestigio e a dedicação de Sarney para que possamos consolidar e garantir esses novos tempos de prosperidade que tanto almejamos.
Os que aqui nasceram ou que para cá vieram, poderão desfrutar do que resultou do esforço, denodo e aplicação de um homem público que não pensou no seu tempo, mas que com a visão de estadista, enxergou longe para garantir uma vida digna às futuras gerações, e soube retribuir a generosidade dispensada à ele pelo povo do Amapá.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitário

segunda-feira, 16 de setembro de 2013


Janary 101 anos, Território 70.

Olimpio Guarany

Em 1943 estávamos em plena segunda guerra mundial. Os americanos já haviam montado uma base de apoio, no municipio de Amapá. 
Alegando que aqui era uma área estratégia e precisava interiorizar o desenvolvimento, o então presidente Getulio Vargas, assinou o decreto de criação do Território Federal do Amapá com supervisão direta do poder central. No mesmo ano nomeou o capitão do exército Janary Gentil Nunes, para ser o seu primeiro governador. A posse só ocorreu em 25 de janeiro de 1944, após receber das mãos do governador do Pará todos os bens patrimoniais existentes na região, ainda chamada de Araguari.
Janary marcou a história do Território porque teve a missão de , praticamente, construir tudo. Ainda hoje as marcas de seus 12 anos de governo estão por todos os lados. Janary contou com ajuda significativa da revolução econômica local provocada pela descoberta de manganês em Serra do Navio, o que obrigou a Icomi, empresa responsável pela exploração do manganês, a construir uma gigante infra estrutrura, incluindo o porto e a estrada de ferro,  considerando que o Amapá era desprovido de tudo.
Sozinho não seria capaz de fazer tudo. Para tanto trouxe cabeças pensantes e mão de obra operária do baixo Amazonas e de Belém, e partiu para as obras.
Em seu governo construiu escolas e postos de saúde nos municípios, mandou edificar casas para diretores e funcionários, construiu grupos escolares, entre eles o Barão do Rio Branco; o Ginásio de Macapá, Escola Doméstica (Hoje Escola Estadual Santina Riolli), o Instituto de Educação do Amapá (IETA), o Hospital Geral de Macapá. Investiu no setor primário criando dois pólos de produção, um no Matapi e outro na Fazendinha.
A primeira hidrelétrica, do Paredão, teve o projeto aprovado durante seu governo. Foi ele quem retomou a construção da BR 156 entre Macapá a Clevelandia. Criou a Companhia de Eletricidade do Amapá e da Companhia de Água e Esgotos. 
Na sua gestão desmembrou a antiga vila de Martinica do municipio de Amapá  e criou Oiapoque com status de municipio, nomeando o telegrafista Roque Penafort, seu primeiro prefeito.
Janary tinha fama de ser concentrador, mas era preciso ter mãos firmes para viabilizar, especialmente Macapá, como capital do território. Outra referência era a probidade. Janary era um homem honrado, administrou a coisa pública com seriedade e não deixava que roubassem o erário. Para não influir na eleição do seu irmão Coaracy Nunes, a deputado federal, pediu afastamento do Governo. Mas, foi criticado por ter transferido os negros que moravam na frente da cidade para o distante bairro do Laguinho. No período de setembro a outubro de 1954, foi substituído por Theodoro Arthou, voltando em 1955, e permanecendo até 1956.
Janary Nunes teve grande projeção nacional. Foi presidente da Petrobrás, embaixador do Brasil, na Turquia e deputado federal pelo Amapá.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitario

Janary 101 anos, Território 70.

Olimpio Guarany

Em 1943 estávamos em plena segunda guerra mundial. Os americanos já haviam montado uma base de apoio, no municipio de Amapá. 
Alegando que aqui era uma área estratégia e precisava interiorizar o desenvolvimento, o então presidente Getulio Vargas, assinou o decreto de criação do Território Federal do Amapá com supervisão direta do poder central. No mesmo ano nomeou o capitão do exército Janary Gentil Nunes, para ser o seu primeiro governador. A posse só ocorreu em 25 de janeiro de 1944, após receber das mãos do governador do Pará todos os bens patrimoniais existentes na região, ainda chamada de Araguari.
Janary marcou a história do Território porque teve a missão de , praticamente, construir tudo. Ainda hoje as marcas de seus 12 anos de governo estão por todos os lados. Janary contou com ajuda significativa da revolução econômica local provocada pela descoberta de manganês em Serra do Navio, o que obrigou a Icomi, empresa responsável pela exploração do manganês, a construir uma gigante infra estrutrura, incluindo o porto e a estrada de ferro,  considerando que o Amapá era desprovido de tudo.
Sozinho não seria capaz de fazer tudo. Para tanto trouxe cabeças pensantes e mão de obra operária do baixo Amazonas e de Belém, e partiu para as obras.
Em seu governo construiu escolas e postos de saúde nos municípios, mandou edificar casas para diretores e funcionários, construiu grupos escolares, entre eles o Barão do Rio Branco; o Ginásio de Macapá, Escola Doméstica (Hoje Escola Estadual Santina Riolli), o Instituto de Educação do Amapá (IETA), o Hospital Geral de Macapá. Investiu no setor primário criando dois pólos de produção, um no Matapi e outro na Fazendinha.
A primeira hidrelétrica, do Paredão, teve o projeto aprovado durante seu governo. Foi ele quem retomou a construção da BR 156 entre Macapá a Clevelandia. Criou a Companhia de Eletricidade do Amapá e da Companhia de Água e Esgotos. 
Na sua gestão desmembrou a antiga vila de Martinica do municipio de Amapá  e criou Oiapoque com status de municipio, nomeando o telegrafista Roque Penafort, seu primeiro prefeito.
Janary tinha fama de ser concentrador, mas era preciso ter mãos firmes para viabilizar, especialmente Macapá, como capital do território. Outra referência era a probidade. Janary era um homem honrado, administrou a coisa pública com seriedade e não deixava que roubassem o erário. Para não influir na eleição do seu irmão Coaracy Nunes, a deputado federal, pediu afastamento do Governo. Mas, foi criticado por ter transferido os negros que moravam na frente da cidade para o distante bairro do Laguinho. No período de setembro a outubro de 1954, foi substituído por Theodoro Arthou, voltando em 1955, e permanecendo até 1956.
Janary Nunes teve grande projeção nacional. Foi presidente da Petrobrás, embaixador do Brasil, na Turquia e deputado federal pelo Amapá.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitario

Janary 101 anos, Território 70.

Olimpio Guarany

Em 1943 estávamos em plena segunda guerra mundial. Os americanos já haviam montado uma base de apoio, no municipio de Amapá. 
Alegando que aqui era uma área estratégia e precisava interiorizar o desenvolvimento, o então presidente Getulio Vargas, assinou o decreto de criação do Território Federal do Amapá com supervisão direta do poder central. No mesmo ano nomeou o capitão do exército Janary Gentil Nunes, para ser o seu primeiro governador. A posse só ocorreu em 25 de janeiro de 1944, após receber das mãos do governador do Pará todos os bens patrimoniais existentes na região, ainda chamada de Araguari.
Janary marcou a história do Território porque teve a missão de , praticamente, construir tudo. Ainda hoje as marcas de seus 12 anos de governo estão por todos os lados. Janary contou com ajuda significativa da revolução econômica local provocada pela descoberta de manganês em Serra do Navio, o que obrigou a Icomi, empresa responsável pela exploração do manganês, a construir uma gigante infra estrutrura, incluindo o porto e a estrada de ferro,  considerando que o Amapá era desprovido de tudo.
Sozinho não seria capaz de fazer tudo. Para tanto trouxe cabeças pensantes e mão de obra operária do baixo Amazonas e de Belém, e partiu para as obras.
Em seu governo construiu escolas e postos de saúde nos municípios, mandou edificar casas para diretores e funcionários, construiu grupos escolares, entre eles o Barão do Rio Branco; o Ginásio de Macapá, Escola Doméstica (Hoje Escola Estadual Santina Riolli), o Instituto de Educação do Amapá (IETA), o Hospital Geral de Macapá. Investiu no setor primário criando dois pólos de produção, um no Matapi e outro na Fazendinha.
A primeira hidrelétrica, do Paredão, teve o projeto aprovado durante seu governo. Foi ele quem retomou a construção da BR 156 entre Macapá a Clevelandia. Criou a Companhia de Eletricidade do Amapá e da Companhia de Água e Esgotos. 
Na sua gestão desmembrou a antiga vila de Martinica do municipio de Amapá  e criou Oiapoque com status de municipio, nomeando o telegrafista Roque Penafort, seu primeiro prefeito.
Janary tinha fama de ser concentrador, mas era preciso ter mãos firmes para viabilizar, especialmente Macapá, como capital do território. Outra referência era a probidade. Janary era um homem honrado, administrou a coisa pública com seriedade e não deixava que roubassem o erário. Para não influir na eleição do seu irmão Coaracy Nunes, a deputado federal, pediu afastamento do Governo. Mas, foi criticado por ter transferido os negros que moravam na frente da cidade para o distante bairro do Laguinho. No período de setembro a outubro de 1954, foi substituído por Theodoro Arthou, voltando em 1955, e permanecendo até 1956.
Janary Nunes teve grande projeção nacional. Foi presidente da Petrobrás, embaixador do Brasil, na Turquia e deputado federal pelo Amapá.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitario

Janary 101 anos, Território 70.

Olimpio Guarany

Em 1943 estávamos em plena segunda guerra mundial. Os americanos já haviam montado uma base de apoio, no municipio de Amapá. 
Alegando que aqui era uma área estratégia e precisava interiorizar o desenvolvimento, o então presidente Getulio Vargas, assinou o decreto de criação do Território Federal do Amapá com supervisão direta do poder central. No mesmo ano nomeou o capitão do exército Janary Gentil Nunes, para ser o seu primeiro governador. A posse só ocorreu em 25 de janeiro de 1944, após receber das mãos do governador do Pará todos os bens patrimoniais existentes na região, ainda chamada de Araguari.
Janary marcou a história do Território porque teve a missão de , praticamente, construir tudo. Ainda hoje as marcas de seus 12 anos de governo estão por todos os lados. Janary contou com ajuda significativa da revolução econômica local provocada pela descoberta de manganês em Serra do Navio, o que obrigou a Icomi, empresa responsável pela exploração do manganês, a construir uma gigante infra estrutrura, incluindo o porto e a estrada de ferro,  considerando que o Amapá era desprovido de tudo.
Sozinho não seria capaz de fazer tudo. Para tanto trouxe cabeças pensantes e mão de obra operária do baixo Amazonas e de Belém, e partiu para as obras.
Em seu governo construiu escolas e postos de saúde nos municípios, mandou edificar casas para diretores e funcionários, construiu grupos escolares, entre eles o Barão do Rio Branco; o Ginásio de Macapá, Escola Doméstica (Hoje Escola Estadual Santina Riolli), o Instituto de Educação do Amapá (IETA), o Hospital Geral de Macapá. Investiu no setor primário criando dois pólos de produção, um no Matapi e outro na Fazendinha.
A primeira hidrelétrica, do Paredão, teve o projeto aprovado durante seu governo. Foi ele quem retomou a construção da BR 156 entre Macapá a Clevelandia. Criou a Companhia de Eletricidade do Amapá e da Companhia de Água e Esgotos. 
Na sua gestão desmembrou a antiga vila de Martinica do municipio de Amapá  e criou Oiapoque com status de municipio, nomeando o telegrafista Roque Penafort, seu primeiro prefeito.
Janary tinha fama de ser concentrador, mas era preciso ter mãos firmes para viabilizar, especialmente Macapá, como capital do território. Outra referência era a probidade. Janary era um homem honrado, administrou a coisa pública com seriedade e não deixava que roubassem o erário. Para não influir na eleição do seu irmão Coaracy Nunes, a deputado federal, pediu afastamento do Governo. Mas, foi criticado por ter transferido os negros que moravam na frente da cidade para o distante bairro do Laguinho. No período de setembro a outubro de 1954, foi substituído por Theodoro Arthou, voltando em 1955, e permanecendo até 1956.
Janary Nunes teve grande projeção nacional. Foi presidente da Petrobrás, embaixador do Brasil, na Turquia e deputado federal pelo Amapá.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitario

Janary 101 anos, Território 70.

Olimpio Guarany

Em 1943 estávamos em plena segunda guerra mundial. Os americanos já haviam montado uma base de apoio, no municipio de Amapá. 
Alegando que aqui era uma área estratégia e precisava interiorizar o desenvolvimento, o então presidente Getulio Vargas, assinou o decreto de criação do Território Federal do Amapá com supervisão direta do poder central. No mesmo ano nomeou o capitão do exército Janary Gentil Nunes, para ser o seu primeiro governador. A posse só ocorreu em 25 de janeiro de 1944, após receber das mãos do governador do Pará todos os bens patrimoniais existentes na região, ainda chamada de Araguari.
Janary marcou a história do Território porque teve a missão de , praticamente, construir tudo. Ainda hoje as marcas de seus 12 anos de governo estão por todos os lados. Janary contou com ajuda significativa da revolução econômica local provocada pela descoberta de manganês em Serra do Navio, o que obrigou a Icomi, empresa responsável pela exploração do manganês, a construir uma gigante infra estrutrura, incluindo o porto e a estrada de ferro,  considerando que o Amapá era desprovido de tudo.
Sozinho não seria capaz de fazer tudo. Para tanto trouxe cabeças pensantes e mão de obra operária do baixo Amazonas e de Belém, e partiu para as obras.
Em seu governo construiu escolas e postos de saúde nos municípios, mandou edificar casas para diretores e funcionários, construiu grupos escolares, entre eles o Barão do Rio Branco; o Ginásio de Macapá, Escola Doméstica (Hoje Escola Estadual Santina Riolli), o Instituto de Educação do Amapá (IETA), o Hospital Geral de Macapá. Investiu no setor primário criando dois pólos de produção, um no Matapi e outro na Fazendinha.
A primeira hidrelétrica, do Paredão, teve o projeto aprovado durante seu governo. Foi ele quem retomou a construção da BR 156 entre Macapá a Clevelandia. Criou a Companhia de Eletricidade do Amapá e da Companhia de Água e Esgotos. 
Na sua gestão desmembrou a antiga vila de Martinica do municipio de Amapá  e criou Oiapoque com status de municipio, nomeando o telegrafista Roque Penafort, seu primeiro prefeito.
Janary tinha fama de ser concentrador, mas era preciso ter mãos firmes para viabilizar, especialmente Macapá, como capital do território. Outra referência era a probidade. Janary era um homem honrado, administrou a coisa pública com seriedade e não deixava que roubassem o erário. Para não influir na eleição do seu irmão Coaracy Nunes, a deputado federal, pediu afastamento do Governo. Mas, foi criticado por ter transferido os negros que moravam na frente da cidade para o distante bairro do Laguinho. No período de setembro a outubro de 1954, foi substituído por Theodoro Arthou, voltando em 1955, e permanecendo até 1956.
Janary Nunes teve grande projeção nacional. Foi presidente da Petrobrás, embaixador do Brasil, na Turquia e deputado federal pelo Amapá.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitario

Janary 101 anos, Território 70.

Olimpio Guarany

Em 1943 estávamos em plena segunda guerra mundial. Os americanos já haviam montado uma base de apoio, no municipio de Amapá. 
Alegando que aqui era uma área estratégia e precisava interiorizar o desenvolvimento, o então presidente Getulio Vargas, assinou o decreto de criação do Território Federal do Amapá com supervisão direta do poder central. No mesmo ano nomeou o capitão do exército Janary Gentil Nunes, para ser o seu primeiro governador. A posse só ocorreu em 25 de janeiro de 1944, após receber das mãos do governador do Pará todos os bens patrimoniais existentes na região, ainda chamada de Araguari.
Janary marcou a história do Território porque teve a missão de , praticamente, construir tudo. Ainda hoje as marcas de seus 12 anos de governo estão por todos os lados. Janary contou com ajuda significativa da revolução econômica local provocada pela descoberta de manganês em Serra do Navio, o que obrigou a Icomi, empresa responsável pela exploração do manganês, a construir uma gigante infra estrutrura, incluindo o porto e a estrada de ferro,  considerando que o Amapá era desprovido de tudo.
Sozinho não seria capaz de fazer tudo. Para tanto trouxe cabeças pensantes e mão de obra operária do baixo Amazonas e de Belém, e partiu para as obras.
Em seu governo construiu escolas e postos de saúde nos municípios, mandou edificar casas para diretores e funcionários, construiu grupos escolares, entre eles o Barão do Rio Branco; o Ginásio de Macapá, Escola Doméstica (Hoje Escola Estadual Santina Riolli), o Instituto de Educação do Amapá (IETA), o Hospital Geral de Macapá. Investiu no setor primário criando dois pólos de produção, um no Matapi e outro na Fazendinha.
A primeira hidrelétrica, do Paredão, teve o projeto aprovado durante seu governo. Foi ele quem retomou a construção da BR 156 entre Macapá a Clevelandia. Criou a Companhia de Eletricidade do Amapá e da Companhia de Água e Esgotos. 
Na sua gestão desmembrou a antiga vila de Martinica do municipio de Amapá  e criou Oiapoque com status de municipio, nomeando o telegrafista Roque Penafort, seu primeiro prefeito.
Janary tinha fama de ser concentrador, mas era preciso ter mãos firmes para viabilizar, especialmente Macapá, como capital do território. Outra referência era a probidade. Janary era um homem honrado, administrou a coisa pública com seriedade e não deixava que roubassem o erário. Para não influir na eleição do seu irmão Coaracy Nunes, a deputado federal, pediu afastamento do Governo. Mas, foi criticado por ter transferido os negros que moravam na frente da cidade para o distante bairro do Laguinho. No período de setembro a outubro de 1954, foi substituído por Theodoro Arthou, voltando em 1955, e permanecendo até 1956.
Janary Nunes teve grande projeção nacional. Foi presidente da Petrobrás, embaixador do Brasil, na Turquia e deputado federal pelo Amapá.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitario

NOTAS DA COLUNA OLIMPIO GUARANY ESCREVE, EM A GAZETA 15 e 16/09/2013



Sucessão estadual I  

Em tempos de pré-campanha, Lucas Barreto (PSD) movimenta sua base politica. Durante todo o dia de ontem ele reuniu simpatizantes, militantes e novos filiados que movimentaram o QG politico localizado no Marco Zero. Entre discursos, abraços, conversas ao pé do ouvido, visita de lideranças de outros partido, Lucas abonou ficha dos novos filiados.

Sucessão estadual II

Enquanto Lucas trabalhava na capital, Waldez Góes (PDT) Jorge Amanajás (PPS) e Gilvam Borges (PMDB) levaram o que eles estão chamando de “A Caravana do Desenvolvimento” para a região da AP 070. Ontem e hoje visitam Cutias e Itaubal. Estão reunindo com lideranças locais e visitando as comunidades.

Eleições 2014 

No próximo dia 25, o PPS promove um encontro de lideranças com os filiados e simpatizantes. Segundo o presidente estadual, Allan Sales, o evento servirá para apresentar as lideranças do partido, entre elas Jorge Amanajás, pré-candidato ao governo, e alguns pré-candidatos a cargos proporcionais. Vai criar um fato politico para ganhar espaço na midia. É uma boa estratégia.

Rumo ao Panamá

Por outro lado,o governador  Camilo Capiberibe (PSB) enche um avião e leva parlamentares, secretários, o prefeito de Santana Robson Rocha (PTB), papagaio, periquito para uma viagem ao Panamá. Um dos objetivos é conhecer o porto daquele país, um dos mais importantes do mundo, onde está o canal que liga o Caribe-Atlântico ao Pacifico.

No Amapá

Quando a embaixadora do Panamá veio conhecer o porto de Santana, convidada pelo então presidente das Docas de Santana, Riano Valente, trouxe apenas sua secretária e o presidente do Porto do Panamá. A visita ocorreu após um Seminário sobre o sistema aquaviário brasileiro, em Fortaleza, em 2012.

Virando o jogo

O PSOL do Amapá, liderado pelo senador Randolfe Rodrigues e pelo prefeito Clécio Luis, fez a diferença entre as plenárias de todo o Brasil para a escolha dos delegados estaduais ao Congresso Nacional do partido que será realizado em Brasilia ainda este ano. 

Cacife ( Foto Randolfe)

Randolfe Rodrigues retorna a Brasilia, nesta segunda feira, levando na bagagem o maior número de delegados do Brasil, 33 a mais do que a corrente liderada por Luciana Genro do Rio Grade do Sul e Heloisa Helena de Alagoas. Isso quer dizer que se ele decidir ser o candidato do partido a presidência da República, nada o atrapalha.

Placas de sinalização

Está na hora da presidente da CTMac dar uma voltinha pela cidade. O que tem de placa, da sinalização vertical, danificada não está no gibi.  Quem vai no sentido do centro para Fazendinha pela rodovia JK, por exemplo,  pode contabilizar, ao menos,  oito placas que foram retiradas, estão danificadas ou simplesmente penduradas. Umas por ação de vândalos, outras porque foram mal colocadas.

Rotatória da discórdia

O governo do estado, através da Setrap, entrou no circuito para melhorar a trafegabilidade na região da rotatória do conjunto Embrapa. Iniciou as obras de alargamento da pista no sentido Centro-Fazendinha, mas esqueceu de mandar tirar os postes da CEA.

Furlan ( Foto Furlan) 

O jovem deputado Antonio Furlan (PTB), médico especialista em cirurgia cardíaca, disse que não recebeu convite para assumir a secretaria de Saude. Seu objetivo é trabalhar, ganhar a confiança do eleitor, se reeleger para consolidar sua base politica.

Audiência publica

Na próxima quinta feira, a Assembléia Legislativa promoverá audiência pública para discutir a situação do Hospital Metropolitano, na Zona Norte. A iniciativa é do deputado Antonio Furlan (PTB) que convidou o prefeito Cécio Luis (PSOL) para participar. O hospital deveria ser construido com recursos do governo federal e contra partida do municipio, mas já está há anos com as obras paralisadas. 

Aeroporto

Previsto para ser entregue em 2006, o aeroporto internacional de Macapá continua com as obras paradas. Pior é que não se tem uma previsão da retomada. Parece até que o  “puxadinho”  “casca de ovo” que a Infraero mandou fazer foi só para engabelar. 

Solidariedade

Se aprovado pelo TSE, o Partido da Solidariedade, criado por Paulinho da Força, poderá ter Sebastião Bala, hoje no PDT, como presidente estadual, no Amapá. Mas há quem diga que o deputado hesita em deixar o PDT com medo de perder a militância do partido que o elegeu.

O segredo da pessoa feliz - Artigo

Dom Pedro José Conti Bispo de Macapá Muito anos atrás, num lugar que pode ser o nosso, também, vivia uma pessoa muito feliz. Cert...