segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Waldez, o vencedor.


Foto: G1.

Com exatos 220.256 votos correspondentes a 60,58% dos votos válidos, Waldez Góes (PDT) foi eleito governador do Amapá para o período 2015-2018. Camilo Capiberibe (PSB) obteve 143.311 votos o equivalente a 39,42%.
A larga diferença de mais de 70 mil votos refletiu ao que as pesquisas do Ibope e as de consumo interno vinham apontando há uma semana. Esses mesmos números batem com o índice de rejeição a gestão de Camilo, medido ainda na primeira semana do segundo turno. É a prova irrefutável de que, quando o eleitor diz que não vota de jeito nenhum, num determinado candidato, dificilmente se reverte na última semana do pleito.
A estupenda votação de Waldez nos remete a outra análise. Um candidato que foi bombardeado durante o primeiro turno por todos os adversários e massacrado com ofensas, as vezes pessoais, pelo seu principal rival no segundo turno, deve suscitar uma reflexão mais profunda.  O fato de eu trabalhar nos bastidores, me permite o acesso a determinadas informações que não chegam ao público exterior. Por exemplo, em pesquisas qualitativas para consumo interno, ou seja, aquelas que servem para nortear as ações de marketing, já indicavam, claramente, que o eleitor queria retornar a uma situação do passado, e a mais próxima indicava o governo de Waldez. O argumento do eleitor residia no fato de que ele havia experimentado a "mudança" em 2010, com Camilo, e o "novo" com Clécio, em 2012, e não havia dado certo, daí, o retorno a Waldez seria o caminho mais seguro.
Durante toda a campanha ficou claro essa preferência do eleitor, tanto que Waldez sempre se manteve na casa dos 40% de preferência e de forma consolidada. Mesmo Waldez sendo bastante atacado, o eleitor dele se manteve fiel, como que nada pudesse mudar seu pensamento.
No segundo turno, não caiu a ficha de Camilo, ao aumentar sua artilharia contra Waldez, batendo sempre no mesmo tema, sem que isso fizesse o eleitor mudar de opinião. Os marqueteiros de Camilo não atinaram para isso. Por outro lado, grande parte  dos eleitores que não escolheram Waldez nem Camilo, no primeiro turno votando em outros nomes, acabaram desembarcando na candidatura de Waldez, no segundo turno, refletindo o índice de rejeição a Camilo já detectado meses antes e, confirmando a vitória de Waldez.
Foi uma vitória esmagadora, cristalina, inquestionável e insofismável, refletindo a vontade do povo o que, certamente, aumentará a responsabilidade de Waldez Góes.

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