segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O fim do lulopetismo



Não dá para deixar de abordar o tema mais relevante da semana: o acolhimento do pedido de impeachiment da presidente Dilma Roussef. O que me causou espécie foi o fato do deputado Eduardo Cunha ter levado mais de 40 dias desde que os juristas Miguel Reali Jr, Hélio Bicudo e Janaina Paschoal deram entrada no pedido em 21 de outubro, na Câmara, para decidir o que fez agora. Mas por quê ele fez isso?  Eu já comentei na minha coluna de quarta passada que Cunha e Dilma só pensam neles e deixam o país de lado. Ela faz o jogo dos seus congêneres, mesmo que sejam os bandidos do “Projeto criminoso de poder”( Min. Marco Aurélio) e ele as chantagens até o limite do dia em que decidiu aceitar o pedido.
Ninguém tira da minha cabeça que Cunha só tomou a decisão de acolher o pedido de impeachiment
de Dilma porque ela não conseguiu honrar o acordo que daria os votos do PT para livra-lo do
processo na Comissão de Ética.
O que me deixou perplexo foi o discurso da Presidente, ato seguinte a decisão de Cunha. Dilma teve o despautério de bradar à nação como se esse descalabro todo fosse apenas o resumo de uma briga entre ela e Cunha. É muito mais do que isso, senhora presidente.
Também fiquei estupefato ao ver Dilma, toda produzida, maquiada, com discurso redigido – quando ela improvisa você já sabe o que sai – mentindo ao dizer que não cometeu crime. Parecia reprise dos programas da campanha de 2014. Então, as pedaladas fiscais não são crime? Os juristas que entraram com impeachiment não estão acusando a presidente de desvio de dinheiro para beneficio pessoal. Isso está claro na peça.
Pelo jeito só Dilma, seus asseclas e os seus bandidos de estimação querem meter na cabeça dos brasileiros de que isso é golpe. Não. Isso é a democracia evoluindo. Esse pedido de impeachimente está muito bem fundamentado na constituição brasileira, a mais democrática de toda a história do país. O Sr. Cunha não tinha mais moral para manter o pedido na gaveta. Atrás do balcão de negociatas Cunha não tinha como tapar os ouvidos para as vozes das ruas. É o povo brasileiro que quer exorcizar o fantasma que insiste em perambular pelas dependências do Palácio do Planalto.
Mais dia, menos dia, esse momento chegaria, afinal, o povo já disse em outras oportunidades, com presença maciça nas ruas, que quer ver a presidente pelas costas. O Brasil está definhando porque não tem Governo. Os motivos eu destaquei na minha coluna da quarta feira passada. Estamos voltando ao Brasil de 20, 30 anos. Esse atraso vai custar caro, mas não tanto, se esse ciclo do lulupetismo que (des)governou o país nos últimos 13 anos, se encerrar agora.
Os sinais foram vistos na reação do mercado. A euforia foi visível com as bolsas subindo e o dólar caindo.
O certo é que as nossas instituições continuam fortes. O processo está só começando. Ainda há um longo caminho a percorrer, entretanto, ao final, depois do povo se livrar  de tudo isso, digo o povo, porque o Congresso sempre faz o que povo quer. Ai, então, vai começar  a recuperação de um país que tem capacidade para crescer e sair dessa crise imposta por um governo de mentira que fez o país retroceder.
Dilmas, Lulas, Cunhas e outros que tais, passam. O povo fica. A história registra e o país seguirá em frente.


Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitário.

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