quinta-feira, 30 de junho de 2016

Bolsa família no país de poucos ricos



O Brasil é o país das desigualdades sociais, um dos campeões em se tratando da má distribuição de renda. Ao contrário do que se propala, aumentou a concentração da renda dos 5% mais ricos. Em 2004 eles detinham 40% da riqueza do país, em 2012 foi para 44%. Apesar dos descalabros da má gestão do PT nesses 13 anos, o país continua forte porque tem um mercado interno pujante e, sobretudo, porque detém riquezas naturais gigantescas. Além disso a economia, mesmo debilitada ainda é uma das maiores do mundo, embora, reitero, boa parte da população esteja situada na faixa da pobreza.
Historicamente o país nunca olhou para os descamisados. Ao longo dos anos nunca se adotou uma política de renda mínima até que no governo FHC foi criado o programa Bolsa Familia graças a brilhante idéia de Dona Ruth Cardoso.
O Bolsa Familia, meus amigos e minhas amigas, bem que poderia ser um mecanismo para se retirar as famílias que vivem abaixo da linha da pobreza e propiciar oportunidade na busca por promoção social. Mas no governo petista o que se viu foi a utilização do programa como ferramenta para captação de voto e simpatia ao governo da hora. Daí a forma discriminada como se ampliou o programa que, por falta de controle e acompanhamento, sofreu revezes por fraudes absurdas que resultou em milhões escorridos pelo ralo. Imaginem que funcionários públicos, estrangeiros e até pessoas mortas estavam entre os beneficiados pelo programa. Gente que não tem direito ao beneficio tirando o direito dos que precisam.
Essa semana o presidente interino Michel Temer anunciou um reajuste da ordem de 12,5% no programa. Nada mais justo, considerando que o valor repassado às famílias beneficiadas mal dá para adquirir a alimentação básica. O ideal é que as pessoas que vivem no limiar da pobreza tenham oportunidade no mercado e passem a se sustentar dignamente com o suor de seu trabalho.
Entendo que esse reajuste não é um pacote de bondade de Temer como tentaram aplacar alguns, mas uma forma de se fazer justiça, ao menos enquanto persistir larga desigualdade no país. Acertou.

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