terça-feira, 6 de setembro de 2016

Aumenta o desmatamento da Amazonia

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou há pouco mais de um mês os dados sobre o desmatamento e a degradação ambiental na Amazônia referentes ao mês de abril. Para monitorar a situação o Imazon publica mensalmente o boletim do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), com imagens obtidas por satélites, que é amplamente utilizado por instituições, empresas e órgãos de governo. De acordo com o relatório, que compara abril de 2016 ao ano passado, a degradação ambiental teve o expressivo crescimento de 733% e o desmatamento na Amazônia Legal aumentou 34%. O desmatamento em toda a Amazônia correspondeu a 183 km², e os três primeiros estados que se destacam são Rondônia (54 km²), Mato Grosso (51 km²) e o Pará (47 km²).
O desmatamento é o corte da mata raso, já a degradação é geralmente feita por queimadas e exploração madeireira, como uma destruição pontual da mata. O total de áreas degradadas chegou 626 km², sendo aproximadamente 94% localizados no Estado do Pará, concentrados principalmente na região Nordeste. O aumento corresponde a um aumento de 90% em relação ao período de agosto 2014 a julho de 2015. “A degradação agora não é muito comum de se observar, considerando que esse é o período com muitas nuvens, o que prejudica a visibilidade. Não é normal se verificar isso no Estado do Pará. Agora visto que o clima é mais seco o fogo acaba se alastrando”, explicou o pesquisador do Imazon, Antônio Fonseca.

Os dados do desmatamento apresentaram aumento pelo terceiro mês consecutivo, em um movimento que preocupa os especialistas. Para Marcelo Justino, palestrante e membro da equipe responsável pelo estudo, o aumento das taxas está ligado à pavimentação da rodovia BR-163, além da expansão da atividade agrícola e pecuária nos estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia. No ranking dos dez municípios que mais desmataram o primeiro é paraense: Novo Progresso (com 17,1 km²). O município de Altamira também aparece na sexta colocação com 10,2 km². “A pavimentação da BR-163 pode explicar o desmatamento nesses dois municípios”, disse Fonseca. 
Apesar do aumento na comparação de abril, em um ano os números apontam uma redução do desmatamento em 16% na região. Com a diminuição das nuvens na Amazônia a expectativa é que se observe uma área maior e consequentemente se perceba novo aumento dos números. A visibilidade foi possível em 58% da Amazônia.

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